Google: Até a empresa se impressiona com a grande Muralha da China

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História do Comunismo na China:

A revolução do comunismo na China deu-se durante 22 anos (1927-1949); De seu começo,é caracterizado a eclosão de uma guerra civil que envolvia nacionalistas e comunistas,o exercito nacionalista era governado por Chiang Kai-shek e nos três primeiros anos conseguiu não só derrotar como expulsar as tropas comunistas e seus seguidores das grandes cidades.Esta derrota do PCC ou PCCh(como é conhecido também),levou uma discussão interna no partido,que concuminou na tomada de liderança de Mao Tsé-Tung,este que estabeleceu uma nova estratégia,voltando-se a zona rural em busca do apoio das massas camponesas.

De 1930 a 1937 ocorreu-se o segundo período da revolução,o que levou milhões de homens a irem aos conflitos,inicialmente a estratégia de Mao Tsé-Tung de incitar e receber apoio das massas rurais, se deparou com diversos empecilhos,que pode-se citar a dificuldade de vencer o exército nacionalista que perseguiu o seu inimigo pelo interior do país;Mao conduziu os comunistas por mais de 9 mil km pela China,até chegarem a província de Shensi,onde ali se instalaram,essa “caminhada” foi conhecida posteriormente como “A Longa Marcha”.

No ano de 1937 o Japão invade a China e as tropas nacionalistas passam a combatê-los,enquanto os comunistas se fortalecem no local aonde estão instalados e se “aliam” mais a organização Exército Popular da Libertação formado pelos milhões de camponeses que aderiram ao movimento;Tem-se então o terceiro período desta revolução,denominado de coalizão das forças comunistas e nacionalistas,onde devido a invasão japonesas,as tropas chinesas inimigas,uniram forças para combater seu inimigo comum.

Após oito anos de lutas,os japoneses são finalmente derrotados na China, e também pelos aliados na 2ª G.M,os comunistas saem fortalecidos na guerra contra a libertação nacional e retomam a guerra civil contra os nacionalistas;Por fim em 1949 tem-se a derrota das tropas nacionalistas que se refugiaram para Taiwan e formaram um governo ditatorial,separando-se da China continental;Vitoriosos,os comunistas fundaram a República Popular da China.

A Censura chinesa

A censura da China,não barra apenas críticas políticas,mas também assuntos que podem ser considerados “pesados” como homossexualismo e drogas,no caso televisivo,a censura é feita através de um órgão maior no caso o “Xinhua News Agency”,o governo determina como deve ser feito a cobertura desses temas e isto é estabelecido de modo a ser uma “cartilha” para as matérias(que serão produzidas pelo órgão já citado) que seguem estes temas, o governo pode até prender jornalistas que desrespeitem suas ordens,tendo isso como base,pode-se afirmar que quase tudo que se lê ou se vê na China é produzido pelo governo de modo que a maior parte da população nem se da conta da censura.Certa vez no ano de olimpíadas em Pequim,foi organizado um protesto por uma ONG contra a repressão chinesa no Tibete aonde se deu a passagem da tocha olímpica.Mas o que a população chinesa viu na TV não se passou de imagens de esculturas gregas ao invés do protesto.

O que interessa: Google x China

Um duelo de titãs,entre Google,o maior mecanismo de busca da internet e uma das marcas mais valiosas do planeta e a China que em 2010 deve se tornar a segunda maior potência econômica,ultrapassando o Japão,esta na qual há mais de 60 anos impera um governo ditatorial e que mantém censura aos meios de comunicação,dentre eles a internet;O sistema de censura a internet chinês é um dos mais eficientes do mundo chamando de “Grande Firewall da China” (firewall é o nome dado ao dispositivo de uma rede que é responsável pela segurança de um determinado ponto da mesma,e é dado este nome especialmente ao método de controle chinês em uma alusão a grande muralha).

Diferente de outros meios de comunicação, a internet não possui um centro hierárquico de comando, o que dificulta o controle. Por isso, governos autoritários como a China desenvolveram complexos sistemas de bloqueio para filtrar o conteúdo da rede;Temas banidos pelo partido comunista,não aparecem quando alguém fizer uam busca no site oficial do Google chinês o “www.google.cn”, dentre estes temas excluídos das pesquisas englobam também alguns “deslizes e maracutaias” que podem causar divergências políticas como por exemplo o massacre da Praça da Paz Celestial em 1989 e a campanha pela independência do Tibete ou Taiwan(caso isso seja procurado no site,poderá se deparar com informações ou bloqueadas ou deturpadas e distorcidas).

Concordar com a ditadura foi o pedágio pago pela empresa norte americana para ingressar no maior mercado mundial da internet,com( 400 milhões de pessoas conectadas),recentemente a Google deu um basta,anunciou que fechará as portas em Pequim,num reconhecimento que não conseguiu dobrar o regime chinês como imaginara.A decisão ocorre dois meses depois de ataques hackers(supostamente a trabalho do governo comunista) que invadiram contas de ativistas dos direitos humanos,o ataque teria partido de Pequim.Agora a versão chinesa do site foi redirecionado para o Google de Hong Kong,ex-colônia britânica que meses depois de devolvida a china,ainda preserva alguns valores,dentre eles a liberdade de expressão.

Em meio a uma crise mundial deturpada,muitas empresas preferem seguir as imposições dos comunistas do que abrir mão de um dos mercados mundiais que mais cresce,porém implicações do governo nessa área não são novidades, podemos citar outras que aconteceram recentemente: a Mineradora Rio Tinto,a Apple,além de outros sites como Youtube ,Facebook e Twitter que são totalmente bloqueados.

Obrigado pela visita,Mário Coppini.