domingo, 16 de maio de 2010

Usina de Belo Monte

Usina Belo Monte

Introdução:

Usina de Belo Monte é uma usina projetada para ser construído no Rio Xingu,um projeto grande,que tornaria a mesma a maior usina (inteiramente) brasileira.Se for concluída será a terceira maior usina do mundo,perdendo apenas para a chinesa “Três Gargantas” e a “Usina de Itaipu” (localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai).

Apesar de a repercussão ser atual, os primeiros estudos das bacias hidrográficas do Rio Xingu, para potencial hidroelétrico se deu no ano de 1975, em 1980 começou a ser estudada a viabilidade técnica e econômica do chamado Complexo Hidrelétrico de Altamira, formado pelas usinas de Babaquara e Kararaô (cujo nome foi modificado em 1989 para Belo Monte durante o 1º encontro dos povos indígenas do Xingu,em respeito aos mesmo).

Impacto da Obra:

Toda construção de usina, tem opiniões conflitantes e com a Belo Monte não foi diferente; O governo diz que “é valido”, pois abastecerá uma região com cerca de 26 milhões de brasileiros com perfil de consumo elevado como a Região Metropolitana de São Paulo, em contraponto organizações sociais, ambientalistas e etc. afirmam que o projeto tem graves problemas e lacunas na formação,levando-se em consideração o impacto ambiental.

O movimento contra a construção é encabeçado principalmente por ambientalistas e acadêmicos que afirmam que a construção irá provocar alteração do regime de escoamento do rio,com redução no fluxo de água concuminando na afetação da fauna e da flora local,introduzindo diversos problemas socioeconômicos.É dito também que a obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé; A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.

Segundo os especialistas, a alteração do da vazão do rio, altera todo o ciclo ecológico da região, que está condicionada ao regime de secas e cheias, e essa região alagada deverá impactar na vida de árvores,que são a base do regime de muitos peixes, além de ser o ponto da desova na época de cheias, portanto,estima-se que nas regiões de seca,terá diminuição da espécie,atrapalhando assim a atividade econômica de subsistência dos povos indígenas dos arredores.

A mobilização de pessoas populares e ambientalistas que há décadas realizam ações de resistência contra a usina, conseguiram repercussão internacional com a proximidade do leilão como por exemplo o diretor James Cameron e os atores Sigourwey Weaver e Joel David.

Perguntas e respostas sobre a polêmica:
A BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas que explicam a polêmica em relação à usina.(Retirada da matéria do site “oglobo”).

O que é a Usina Hidrelétrica de Belo Monte?

Com projeto para ser instalada na região conhecida como Volta Grande do Rio Xingu, no Pará, a Usina de Belo Monte deve ser a terceira maior do mundo em capacidade instalada, atrás apenas das usinas de Três Gargantas, na China, e da binacional Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

De acordo com o governo, a usina terá uma capacidade total instalada de 11.233 megawatts (MW), mas com uma garantia assegurada de geração de 4.571 MW, em média.

O custo total da obra deve ser de R$ 19 bilhões, o que torna o empreendimento o segundo mais custoso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), atrás apenas do trem-bala entre São Paulo e Rio, orçado em R$ 34 bilhões.

A usina deve começar a operar em fevereiro de 2015, mas as obras devem ser finalizadas em 2019.

Qual a importância do projeto, segundo o governo?

Uma das grandes vantagens da usina de Belo Monte, de acordo com o governo, é o preço competitivo da energia produzida lá.

O consórcio Norte Energia venceu o pregão ao oferecer o preço de R$ 78 pelo megawatt-hora (MWh) produzido em Belo Monte, um deságio de 6,02% em relação ao teto que havia sido estabelecido pelo governo - que era de R$ 83 por MWh.

Segundo o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, este teto do governo já representava pouco mais que a metade do preço da energia produzida em uma usina termelétrica, por exemplo, com a vantagem de ser uma fonte de energia renovável.

Além disso, a construção de Belo Monte deve gerar 18 mil empregos diretos e 23 mil indiretos e deve ajudar a suprir a demanda por energia do Brasil nos próximos anos, ao produzir eletricidade para suprir 26 milhões de pessoas com perfil de consumo elevado.

Quem são os grupos contrários à instalação de Belo Monte e o que eles argumentam?
Entre os grupos contrários à instalação de Belo Monte estão ambientalistas, membros da Igreja Católica, representantes de povos indígenas e ribeirinhos e analistas independentes.

Além disso, o Ministério Público Federal ajuizou uma série de ações contra a construção da usina, apontando supostas irregularidades.

Coordenador de um painel de especialistas críticos ao projeto, Francisco Hernandez, pesquisador do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, afirma que a instalação de Belo Monte provocaria uma interrupção do rio Xingu em um trecho de cerca de 100 km, o que reduziria de maneira significativa a vazão do rio.

"Isso causará uma redução drástica da oferta de água dessa região imensa, onde estão povos ribeirinhos, pescadores, duas terras indígenas, e dois municípios", diz Hernandez, que afirma que a instalação de Belo Monte também afetaria a fauna e a flora da região.

Além das questões ambientais, alguns críticos apontam que a usina de Belo Monte pode ser ineficiente em termos de produção de energia, devido às mudanças de vazão no rio Xingu ao longo do ano.

Segundo Francisco Hernandez, dependendo da estação do ano, a vazão do rio Xingu pode variar entre 800 metros cúbicos por segundo e 28 mil metros cúbicos por segundo, o que faria com que Belo Monte pudesse produzir apenas 39% da energia a que tem potencial por sua capacidade instalada.

Como o governo responde a essas críticas?


De acordo com o diretor de Licenciamento do Ibama, Pedro Bignelli, uma das condicionantes impostas na licença prévia para o empreendimento determina que seja mantida uma vazão mínima no rio.

Além disso, ele afirma que há projetos de preservação da fauna e flora e que as comunidades que forem diretamente afetadas serão transferidas para locais onde possam manter condições similares de vida. Ele também nega que as comunidades indígenas serão diretamente atingidas.

Já em relação à eficiência, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, admite que Belo Monte não produzirá toda a energia que permitiria sua capacidade instalada, mas afirma que, mesmo assim, a tarifa será competitiva o bastante para justificar sua instalação.

Segundo ele, o motivo para a redução na produção de energia está nas modificações feitas no projeto para diminuir o impacto da usina na região.

Qual o histórico do projeto?

As prospecções a respeito do potencial de geração de energia da Bacia do Xingu começaram nos anos 1970, e, na década seguinte, havia a previsão da construção de seis usinas na região, entre elas Belo Monte.

Após protestos de líderes indígenas e de ambientalistas, o projeto de Belo Monte foi remodelado e reapresentado em 1994, com a previsão de redução da área represada, o que evitaria a inundação de terras indígenas.

Depois de uma série de idas e vindas, o Conselho Nacional de Política Energética definiu em 2008 que a usina de Belo Monte seria a única a explorar o potencial energético do Rio Xingu.

Em fevereiro de 2010, o Ibama concedeu a Licença Prévia para Belo Monte, impondo uma série de 40 condicionantes socioeconômicas e ambientais ao projeto.

No dia 20 de abril foi realizado um leilão para decidir qual grupo de empresas seria o responsável pela construção da usina, com a vitória do consórcio Norte Energia, liderado pela construtora Queiroz Galvão e pela Chesf.

Como foi o leilão?

O governo havia estabelecido que o vencedor do pregão seria o grupo que oferecesse o menor preço para a produção do megawatt-hora (MWh) de energia em Belo Monte, respeitando-se o teto estabelecido de R$ 83 por MWh.

O preço oferecido pelo grupo vencedor foi de $ 78 pelo megawatt-hora (MWh), um deságio de 6,02% em relação ao teto que havia sido estabelecido.

Já o valor oferecido pelo consórcio derrotado, que era formado por seis empresas e liderado pela construtora Andrade Gutierrez, não foi divulgado.

De acordo com a Aneel, o leilão durou aproximadamente sete minutos, sendo realizado apenas após a cassação de uma liminar da Justiça Federal do Pará que havia determinado sua suspensão.

Até a semana passada, apenas o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez estava oficialmente no páreo, após a desistência do grupo encabeçado por Camargo Corrêa e Odebrecht, no início de abril.

A desistência acendeu a luz amarela no governo, que lançou um pacote de medidas para estimular a participação privada no leilão, entre elas, um desconto de 75% no imposto de renda da usina nos primeiro dez anos de operação, além da ampliação para 30 anos do prazo para o financiamento pelo BNDES, que pode financiar até 80% da obra.

Além disso, os dois consórcios contam com participações bastante relevantes de empresas estatais.

*Colaborou Paulo Cabral, da BBC em Brasília

Mário Coppini"

Manifestação dos Povos Indígenas do Xingu contra a construção da Usina de Belo Monte:

domingo, 9 de maio de 2010

Feriado

Devido ao feriado será adiado a atualização.

Feliz dia das mães.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Hugo Chávez

Olá queridos leitores,infelizmente essa semana ainda estou muito corrido e sem tempo,porém nao deixarei de atualizar o blog,como prometido hoje atualizarei,a diferença é que nao farei isso com um texto de minha autoria.

Na madrugada desse domingo,foi ao ar uma entrevista exclusiva da Rede TV com o político e militar Hugo Chávez,onde foi abordado diversos assuntos,postarei aqui um resumo geral da entrevista,retirado do site tijolaco.com.Porém como este blog não é meia boca,será disponibilizado também os videos dessa entrevista (aonde nem no youtube consta ainda).

Gostaria de dizer,que fiz um email para o blog,e gostaria muito,que me enviassem dicas,e opiniões,além de ter um contato mais direto: pdconhecimento@yahoo.com.br

Abraços.

A infância

“Ah, as lembranças estão aqui na alma. Sabaneta [onde nasceu] é uma cidadezinha rural, hoje é um pouco maior. Era uma vila, e eu nasci numa casa com teto de palma, as paredes de barro, o piso de terra. No meio do inverno, enquanto caía um pé d’água, segundo a minha mãe. De madrugada, ao amanhecer, em 28 de julho de 1954. À beira de um rio, o rio Boconó, que desce da montanha. Sabaneta está na planície, na Grande Planície Venezuelana, mas fica ao pé da montanha.”

“Vivi lá durante 12 anos, uma infância que foi muito feliz. Se tivesse que nascer de novo, pediria ao bom Deus para me mandar para o mesmo lugar. Fui uma criança feliz: cantava, pintava, trabalhava, éramos trabalhadores rurais.”

A avó

“Ela era a mãe do meu pai, e tanto a minha mãe quanto o meu pai eram professores no meio do mato, numa vila que não tinha nem os mínimos serviços. Então, minha mãe nos deixou na casa da minha avó e ficamos lá, ela criou a gente. Rosa Inés. Ela era uma mulher maravilhosa. Nos ensinou a conhecer a vida, a amar, a amar a natureza, a trabalhar, a sermos responsáveis. Por exemplo, foi ela quem me ensinou a ler e escrever. Ela me ensinou a vida.”

A minha avó tinha um amor infinito pelos outros, uma solidariedade infinita para com os outros, e também para com aqueles que mais sofrem, os mais pobres. Eu até fui coroinha! Quando era criança, ficava na igreja espalhando o incenso, tocando os sinos da igreja. Minha mãe é muito católica, muito mais do que a minha avó, embora minha avó também fosse católica. Mas minha mãe é mais praticante. Ela queria que eu fosse padre”.

Santa de devoção

“A Virgem do Carmo. Eu carrego um escapulário dela no peito, que tem mais de 150 anos em batalhas. Era do meu tataravô guerreiro, que foi um coronel revolucionário lá por volta de 1858. Depois foi levado pelo avô de minha mãe, um general venezuelano rebelde, nas guerrilhas contra a ditadura de 100 anos atrás. Então eu a levo aqui, é a Virgem do Carmo, a Virgem dos guerreiros.”

Comida em viagens

“Não só por motivos de segurança [leva a própria comida nas viagens internacionais]. Além disso, é uma dieta. É preparada segundo um controle médico, com as proteínas e as calorias reguladas. Mas também por motivos de segurança.”

Exército

“Só entrei no Exército porque pensava passar ali apenas um ano ou dois e depois ficar em Caracas, porque éramos muito pobres, e o meu pai não podia pagar para eu estudar em Caracas. Eu queria ir para Caracas para jogar beisebol profissionalmente, esse era o meu sonho da adolescência. Fiz meus planos: vou entrar no Exército, passo um ou dois anos lá, e depois fico em Caracas. Mas gostei do Exército, gostei da escola militar, da academia militar, me senti na minha própria essência, senti que seguia a minha vocação de soldado, de soldado patriota, é claro.”

Momento mais difícil antes do poder

“Antes de 1998? Houve momentos difíceis, mas o mais difícil foi, e eu ainda sinto uma dor aqui quando falo nisso… Uma vez eu disse para alguém muito querido da minha família: eu acho que, se depois de ter sido sepultado passassem cinco séculos e alguém abrisse o meu caixão e visse o meu cadáver, talvez a ferida ainda estivesse ali, latejando. É muito difícil deixar a família, deixar os filhos, uma menina de 12 anos, outra de 11, um menino de 8, uma mulher a qual eu amava, a mãe dos meus três filhos, e um lar muito humilde. Uma madrugada, quando fomos para a rebelião, eu senti que estava indo embora fisicamente, mas que o meu coração era arrancado e ficava naquelas três caminhas, naquele quartinho e naquela casa humilde. Foi muito difícil, e doeu muito.”

“Sim, era como uma morte. Alguém disse que a gente morre várias vezes e depois vive. Para mim, aquela noite foi uma espécie de morte, e depois, nada foi igual.”

Golpe de 1992

“Não, nunca [demos um golpe]. Nós somos revolucionários. A nossa rebelião não poderá ser entendida se não for contextualizada e se o observador ou o analista não perceber que, apenas três anos antes, houve um massacre na Venezuela promovido pelo mesmo Exército [o chamado Caracazo], no qual morreram milhares de pessoas, inclusive crianças, idosos, para defender um governo tirânico, democraticamente eleito, mas que estava aplicando as políticas de choque do Fundo Monetário Internacional num país cheio de riqueza e de petróleo, que alcançou 70% de pobreza e 25% de miséria, de pobreza extrema. Nesse contexto pré-revolucionário ocorreu a revolução popular de 1989 e, depois, a revolução militar da juventude em 1992. Ou seja, isso não foi um golpe de Estado, foi muito diferente de tudo que aconteceu na América Latina. Nós somos antigolpistas, anti-imperialistas, somos revolucionários.”

A prisão

“A prisão foi uma escola, na verdade. Foi um forno. Abençoado o dia em que fomos para aquela prisão, porque lá amadurecemos, analisamos as ideias, analisamos e amadurecemos o espírito, endurecemos a alma. Dois anos depois, quando saímos à rua, graças à pressão popular e ao apoio popular, saímos sabendo claramente para onde íamos, com passo firme e já amadurecidos, e com o rumo muito mais claro. Aquela prisão foi uma escola e uma forja. Mais do que uma prisão, eu nunca sofri por ela, na verdade. Eu nunca sofri na prisão, apenas na parte familiar, de novo a parte familiar. Mas, do ponto de vista político, como soldado revolucionário, a prisão foi um passo necessário para esta longa batalha.”

Copa da África do Sul

“Eu sempre torci pelo Brasil. Não estou dizendo isso porque estou no Brasil, é desde a minha infância. Eu gosto muito de beisebol, essa é a minha paixão, mas o futebol vem depois. Sempre, desde os dias do rei Pelé, depois pela Venezuela, agora que o futebol ressuscitou no país. Eu disse para o Lula hoje, que me deu de presente a camisa do Brasil com o número 6, do Roberto Carlos, assinada pela seleção, eu disse a ele: bom, Lula, o Brasil deu sorte que a Venezuela não se classificou para a África do Sul, mas na próxima Copa vamos nos classificar. Mas eu sempre, sempre torço pelo Brasil. Sempre vou com essa camisa verde e amarela.”

Créditos: retirado do site www.tijolaco.com



Em primeiro mão a entrevista:

Parte 1(Caso não de para visualizar Clique AQUI)


Parte 2(Caso não de para visualizar Clique AQUI)


Parte 3(Caso não de para visualizar Clique AQUI)


Esta parte 3,está meio falha,portanto caso nao consiga visualizar de maneira nenhuma,faça o download do arquivo clicando em "download now"

Mário Coppini."